Divagações socio(lógicas)!!!

terça-feira, janeiro 25, 2005

A arqueologia do Estado

O Presidente da República quer, deseja, solicita ou anuncia o fim da dinâmica autonómica.A escolha do verbo depende da intenção de quem ler este texto. Por este andar os ideais autonómicos deverão ser encontrados através de uma "arqueologia do Estado Português" e não através de uma Sociologia Política. SEXA,o Presidente, afirma o seguinte "... perante o novo quadro são sempre possíveis duas atitudes: ou tomar a última revisão constitucional como mero apoio instrumental de um interminável processo de formulação de sucessivas novas reivindicações e propostas de alteração constitucional ou, ao invés, considerá-la como esforço derradeiro que sela de forma globalmente positiva um longo processo de evolução e maturação institucionais."(Sampaio in Congresso da Cidadania(?)).Resta-me escolher o interminável processo...de cidadania. Pois alevá! como diria Victor Cruz (avô).

sexta-feira, janeiro 21, 2005

Lombadas


Lagoa do Fogo Posted by Hello
A luz no espaço terra/água gera múltiplas sensações/impressões. Socio (quê)? interroga a sociologia do espaço e as suas representações

quarta-feira, janeiro 19, 2005

Congresso

Amanhece sobre um congresso.As paragens e as passagens foram múltiplas. As pessoas viram-se, cumprimentam-se e saudam-se.Querem as certezas do devir! Estão pré-ocupadas a construir uma esperança.A Ribeira Grande recebe com o mar forte e a rajada; antevê-se um regresso e um progresso.Foi apenas o XV Congresso do PSD.

terça-feira, janeiro 11, 2005

Modernidade(s)

Os paradoxos da modernidade são mais do que muitos.Entre presente passado e futuro a modernidade tenta encontrar motivo.A modernidade valoriza uma angélica e antropológica criatura aparente.A modernidade contrapõe-se a um passado sem ter sido bem presente. Enfim, a modernidade está ancorada no discurso.
A propósito desta questão ver no "Socio(B)logue 2.0 uma deliciosa reflexão sobre " as sociedades contemporâneas" de J. L. Nogueira.

Cultura política?

Hoje os projectos políticos ou são culturais ou não existem. Está na natureza do projecto político de Autonomia o assumir de uma cultura, de uma "raiz" que, de mar e vontade, constrói o tempo deste povo.

Ralph Linton diz que a cultura é "a configuração das formas adquiridas de comportamento e da dos resultados da actividade humana cujos elementos são transmitidos e partilhados numa determinada sociedade". Ora a cultura autonómica começa por ser um comportamento, uma atitude que valoriza a responsabilidade; o risco; a vontade; a potencialidade; a inovação; e a libertação.

O abandono da Pátria madrasta sedenta de história e de geografia, mas parca em aceitar o longe e a distância de um povo, foi então alavanca da revolta açoriana, o marco de rebelião, o pretexto para a construção histórica e política de um processo de desenvolvimento.

Porém, hoje esses traços da cultura autonómica diluem-se noutras distâncias e noutras estórias? Talvez a distância e o longe já não seja em relação a uma Pátria madrasta que sem jeito ainda tenta redimir-se. Hoje, esta distância e esse longe está a aparecer entre os açorianos e o projecto da sua afirmação numa modernidade tardia: tempos estranhos de parecenças e de encenações.

E nós, açorianos, herdeiros de uma cultura de subsistência de mar, de terra e de árduo trabalho; de uma cultura de vivência narrada pelos escritores geneticamente ancorados ao tema e à vida e de tantas outras culturas populares açorianas marcadas pelo hino ao saber ser, parecemos? diria mais, fazemos de conta, que estamos a aceitar uma cultura política de "sub-existência " por entre as camadas superficiais do politicamente correcto: o "in-existente".

Afinal, diria o outro, para usar a prosa típica de quem sente: o poder ganha-se numa sedução subtil que não aceita diferenças, tal como a igualdade material da publicidade estática das campanhas !!! Será que queremos esta cultura política?

sábado, janeiro 08, 2005

A sapateia açoriana

A sina. Assinatura. Atura o tempo que se vive. A questão não é dizer sim ou não. O tema é ausência,é intervalo: é sapateia!!!